a casa agora
em silencioso devir
e antes
quando éramos em presença e diálogo con-
versar que era como o bom combate
começo involuntário
de travessia para permanência
era como sempre. algo apenas como algo.
não algo. que havia. até Quando...
Mas se deu que
o verso se encheu da paixão que nos é
e o poema transbordou-se
– sem que o percebêssemos –
noutro: a competição
: a infeliz tinta da certeza borrou tua e minha língua
para não se dizer mais transparências
para nunca mais o beijo. a passagem.
e foi que tu te ofendeste quando
em mim
não te acompanhava esta metamorfose
que fecha as portas atrás de si
e foi que no que estávamos pilhou-se muita palavra.
– entraves entre aves –
e foi que se partiu. eu e eu esquecido de escutar.
e foi que se finou em nós o sagrado vôo. o que não morre
e tudo não nos coube mais. qualquer silêncio.
a casa que me habita. ninho com asas...
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