O poema inicia:
não há palavras pra descrever este acontecimento.
O poema inicia,
passeia imundo
limpo de verbo
que lhe minta o cio do silêncio
e silencia...
mergulha em metafísica,
evita o papel,
dilui em vapor onírico,
ausenta-se de si...
O poema
não espera tinta:
dá a partida
e deixa um louco revirando
o quarto
a sala
a casa
um planeta inteiro:
essa
esfero
gráfica
perdida.
É leve o poema,
69 quilos de nostalgia.
éter
na
mente
idílico
o poema vicia
O poema inicia:
não cabe no corpo.
Vaza pelos poros.
Evapora
O poema
O poema que já nem quero
transborda em devaneio
o universo desta hora.
Mero pó-poema
calcinado,
poema sem valia.
Não se fixa nas paredes
o poema:
asfixia.
Quer o suicídio
O poema...
(Subsídio para nem chegar a ser)
Olha a janela aberta,
Toma um pouco de ar,
Fecha os olhos...
Lá se vai o poema!
4 comentários:
Quem me dera fosse uma poetiza pra coisas tão belas quanto dizes.
Pudesse eu também te dizer.
adorei seu blog!
e como sempre axei!
seu poema é perfeito!!!
é o poema da janela de casa...gosto mais ainda!!!
mil bjim.
Caro Harley - poeta de olhar universal!
Sim, sua poetica me enche de zelo e satisfaçao.
Parabens e seja benvindo.
Abçs,
do amigo Benny.
Olá Harley...
Não poderia deixar de vir aqui.
E bem sabes, amo o que escreves e há muito te acompanho e ainda hj olhei novamente teu blog antigo, então que este seja maravilhoso, tal qual o outro,to adorando, beijos
E perdão, tirei muitos poemas do meu blog, ficaram alguns antigos, ando imprimindo....Magaly
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