16.6.07

desperta-dor

São cinco e tantas da manhã
Quisera isso fosse uma velha canção que o relógio mentisse estridente...

São cinco, quase seis
logo estarei obrigado a agir novamente no mundo

O poema, pra ele resta pouco.
Justo ele que me foi até esta hora desmedido...

Breve, fora do sono nada restará
agora que a madrugada findou.

Lá fora um lençol bambeia
letárgico na janela vizinha

Segundo após segundo
o corpo todo embrulha-se de uma dor sem tamanho

O dia é claro e já me pesa a vista
Mais uma vez: eu, a dor
eu a dor eu a dor eu ador
-meço.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gosto muito dos poetas da região Norte.

Peço permissão para incluir um poema seu no en_leio.

Grata

Li

JPessoa-PB