26.9.07

...

Saio com cheiro de praia
pra noite cheia de si:

ante a lua em prata
meu corpo de bronze é a prova
de que o sol também mora em mim.







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Escorre pelas minhas mãos
nunca mais
nunca mais tornar

zarpei
de meu cais
sei que não sei mais
virar

o leme?
a ampulheta?

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do amor.

retina
sem menina
no fundo

não
vês:
ela está fora


(de si)


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Pensem o poema
esclerosado

rema rumo à morte
heróico

sem saber


que
tudo
é já
não
ser


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menina pura
menina pura
menina, pura que pariu!





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tudo é vidro,
é areia metida a besta

trans



-parentes distantes



primárias cores


todos cortam!


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azia
ásia
que te vejo ainda por aqui

assim, assim, vadia, vazia asa

de ponta a cabeça no meu globo ocular
virando-me do avesso
o estômago

tua carne crua de salmão,
espezinhando, cadela,
minha maldita pequenez


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(HFD)

Um comentário:

Fragmentos Betty Martins disse...

Harley

Já cá estou de volta:))

Vim só dizer um OLA! e agradecer a visita na minha ausência

Voltarei mais tarde com tempo. Para ler e comentar

Beijos com muito carinho